Thursday, September 13, 2007

Guerra

A história da Europa é marcada profundamente por disputas internas. Guerras e mais guerras assolaram o continente que dominava o mundo até o século XIX. Certamente o domínio se estenderia até os dias de hoje se, ao invés de gladiarem entre si, os europeus tivessem se mantido unidos.

Esse mesmo fato vem se repetindo na história. As cidades gregas, mesmo podendo expandir seus território, permaneciam em disputas entre elas. Idem para Japoneses e Chineses. Essa aparente contradição é reflexo de como os governos vêem o mundo e a natureza humana.

Na visão idealista, o homem é considerado naturalmente bom, e existe a noção de uma comunidade internacional governada pela Justiça. Outro ponto de vista, o realista, é cético quanto as qualidades morais do ser humano. O conflito, aqui, é visto como latente, derivando a necessidade de proteção constante contra agressões: impera o conceito de segurança.

A Balança de Poder (equilíbrio de poder) que determinou a política européia pós Napoleão, é um exemplo prático da visão realista. Foi essa visão que levou o mundo as grandes guerras do século XX e à busca da construção de uma comunidade internacional via ONU.

O medo do vizinho impede alianças que seriam benéficas para todas as partes. Como na Teoria dos Jogos, no exemplo dos dois prisioneiros (se um entrega o outro, sai livre e o outro pega pena máxima; se os dois se entregam, pegam pena média; se ninguém é entregue, ambos saem livres), os estados cismam em apostar na traição do vizinho e agem de forma a se proteger. Essa proteção, mais cedo ou mais tarde, leva à guerra.

A evolução das Organizações Internacionais são um passo na formação de uma comunidade internacional segura. Parece, de tempos em tempos, que na ausência de uma Entidade central de proteção (um Leviatã) as nações, assim como seus habitantes, são incapazes de um convívio fraterno.

Carpe Diem,

No comments: